– Sabes o que é fascinante no origami? Os vincos que permanecem quando desfazes o modelo. As marcas não se apagam, antes se acumulam, ad infinitum, até que o papel se rasgue. Passado sobre passado, expõem-nos. Vês?, aqui dobrei-te para dentro, ali dobrei-te para fora, e aqui, sentes?, inverti o sentido da tua cabeça e depois tirei-te as asas.